Mais de 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com autismo, aponta o Censo 2022
Você sabia que o Brasil agora tem dados mais precisos sobre o autismo em nossa população? Pela primeira vez, o Censo Demográfico 2022 investigou oficialmente o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e os resultados são um marco importante para todas as famílias, educadoras e terapeutas que acompanham crianças com esse diagnóstico.
Segundo o IBGE, 2,4 milhões de pessoas declararam ter recebido o diagnóstico de autismo por um profissional de saúde. Isso representa 1,2% da população brasileira — sendo 1,4 milhão de homens (1,5% do total masculino) e 1 milhão de mulheres (0,9%).
Aqui no Matraquinha, entendemos como essa informação é valiosa para mães e profissionais que se dedicam, todos os dias, a apoiar o desenvolvimento das crianças com TEA. E é olhando para esses dados com carinho e atenção que conseguimos entender melhor o cenário e, principalmente, onde precisamos avançar.
A maior presença está entre crianças e adolescentes
O diagnóstico de TEA é mais comum nas idades mais jovens. A faixa etária de 5 a 9 anos apresenta a maior prevalência: 2,6% das crianças nessa fase já receberam diagnóstico. Entre os meninos, o número é ainda mais expressivo — 3,8% contra 1,3% entre as meninas.
Essa diferença aparece com clareza no gráfico do IBGE: entre os estudantes com autismo, mais de 70% dos meninos e 54,6% das meninas estão na faixa dos 6 aos 14 anos. Essa concentração reforça a importância da educação inclusiva na infância e de diagnósticos cada vez mais precoces.
A escolarização das crianças com autismo
Outro dado que aquece o coração é que a taxa de escolarização entre pessoas com autismo é maior do que a média da população geral. Isso mostra que, mesmo com todos os desafios, essas crianças e adolescentes estão ocupando seu espaço na escola — um ambiente fundamental para o desenvolvimento das habilidades sociais, emocionais e cognitivas.
No grupo de 6 a 14 anos, os estudantes com TEA representam a maior parte entre aqueles que estão na escola, principalmente no ensino fundamental. No entanto, a presença vai diminuindo conforme a idade avança, o que reforça a importância de políticas públicas e práticas pedagógicas que garantam o acesso e a permanência nas fases seguintes da educação.

O papel do Matraquinha nesse cenário
Aqui no Matraquinha, a gente acredita que informação acolhedora transforma. E é por isso que continuamos comprometidos em oferecer conteúdos que ajudem mães, educadoras e terapeutas a entenderem melhor os caminhos do desenvolvimento infantil — principalmente quando falamos de crianças com autismo.
Sabemos que por trás de cada número, há histórias de cuidado, superação e amor. E estamos aqui para apoiar cada passo dessa jornada: seja com dicas práticas para a rotina, sugestões de atividades sensoriais, reflexões sobre inclusão ou apenas uma palavra amiga no momento certo.

E os desafios continuam
Apesar dos avanços, o Censo também mostrou que quase metade das pessoas com autismo acima de 25 anos ainda estão no grupo de sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Isso mostra que o caminho da inclusão precisa seguir além da infância e adolescência, com mais apoio na vida adulta, no mercado de trabalho e no ensino superior — onde a presença de pessoas com TEA ainda é pequena (apenas 0,8%).
Conclusão
O Censo 2022 nos trouxe um retrato mais claro da realidade do autismo no Brasil. Com esses dados em mãos, temos mais base para lutar por políticas públicas, formação de profissionais e práticas escolares que garantam um futuro mais justo e inclusivo para todas as crianças.
E se você faz parte dessa rede de cuidado, seja como mãe, professora ou terapeuta, saiba que o Matraquinha está com você nessa jornada. Vamos juntas continuar construindo espaços mais acolhedores para cada criança ser exatamente quem ela é — com respeito, amor e possibilidades.